Moradores do Mucajá cobram limpeza na vila insalubre que continua sendo ocupada

A dona de casa Claudia Santos e outras quatro irmãs, são moradoras do Conjunto Habitacional Mucajá. Elas e a mãe Maria Macêdo, de 63 anos, moravam na área, próximo ao canal do bairro Santa Inês, local onde algumas casas foram condenadas e demolidas para a construção do habitacional. Quando isso ocorreu, as filhas de Maria Macêdo foram beneficiadas com apartamentos. Mas, a mãe continuou no mesmo local.

Como Maria é idosa é tem dificuldades de locomoção, de uma a três vezes ao dia, as filhas vão visitá-las. O problema é o acesso até à casa da mãe. Uma escada em madeira que já está bastante desgastada é um risco. Ao redor existe uma área extensa, tomada por matagal é lixo. No local, deveria existir pelo menos, uma escola, uma creche é uma praça, conforme o projeto do conjunto.

Mais de quatro anos se passaram e nada de construção desses prédios públicos. A área se tornou um ponto fixo de bandidos. Roubos e violência são registrados a qualquer hora do dia, segundo comentam os moradores da região. Além disso, a falta destes serviços, que deveriam ser disponibilizados à população local, é outra problemática.

Com dois filhos, um de 11 e outro de 2 anos, Claudia conta que fica mais difícil arrumara um emprego e ajudar o marido - que é ajudante de pedreiro - nas contas despesas da casa. “Não tenho com quem deixar meu filho caçula. Se a creche que prometeram fosse construída, seria mais fácil. Assim, eu poderia trabalhar fora de casa e ajudar meu marido, que ‘segura as pontas’ sozinho”, lamentou.

Os moradores cobram a construção dos prédios públicos e uma limpeza na área. “A gente precisa muito destes serviços aqui. Mas, como tudo isso demora muito, queremos pelo menos que  a prefeitura venha fazer uma limpeza e construa uma ponte e uma escada melhor para termos esse acesso”, pontuou a dona de casa.