Denúncias que chegam à redação da Rádio Difusora dão conta de que os contemplados com uma unidade do Residencial São José, entregue recentemente pela prefeitura de Macapá, não atendem aos critérios de renda per capta.
Os carros na garagem dos apartamentos, por si só, já mostram que uma família que tem apenas uma pessoa ganhando um salário mínimo, não consegue arcar com a parcela de um veículo, tendo outras despesas mensais. Há quem diga que estes carros não são dos proprietários dos apartamentos e, sim, de parentes ou conhecidos que moram ou visitam os contemplados.
Outra situação relatada no Jornal da Manhã é que os moradores de vários conjuntos habitacionais estariam migrando para invasões. Eles reclamam que não possuem condições financeiras para arcar com as despesas decorrentes da moradia. O discurso de quem teria essa pretensão é de que 2016 “é ano político” e que, por isso, não ‘pegaria’ nada para o lado deles.
No Conjunto Habitacional Macapaba, por exemplo, um morador paga R$ 117,00 do cartão Minha Casa Melhor, R$ 50,00 de taxa do apartamento, R$ 25,00 de taxa do condomínio para a manutenção do prédio, além da conta de luz elétrica. Numa suposição de que o valor da conta de energia seja R$ 150,00, já vão R$ 342,00 por mês. Contando com despesas de transporte, saúde e educação dos filhos, o pai ou mãe de família que ganha um salário mínimo se vê obrigado a ‘apertar os cintos’ para dar conta de tudo.
Ouvintes relataram, ainda, casos de pessoas da mesma família que foram beneficiados com um apartamento e, que, teriam informado dados falsos no cadastro para serem contemplados. Segundo eles, os candidatos a um apartamento combinavam com alguém que mora em condições precárias, para confirmarem a necessidade de serem beneficiados durante as visitas domiciliares da equipe técnica.
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